O ministro da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas, afirmou hoje que, até o momento, o único reajuste garantido para os benefícios dos aposentados que ganham mais de um salário mínimo é o de 6,14%, firmado num acordo feito pelo Palácio do Planalto com as centrais sindicais e que consta de Medida Provisória (MP) encaminhada pelo Executivo ao Congresso.
Segundo o ministro, não cabe ao governo interferir nas negociações que estão ocorrendo dentro do Congresso para tentar garantir um reajuste maior para os benefícios. Na Câmara, o líder do governo, Cândido Vaccarezza (PT-SP), negociava um aumento de 7% para os benefícios, mas o deputado acabou sendo atropelado pelos líderes governistas no Senado, que anunciaram na semana passada apoio a um reajuste de 7,71%.
Segundo o ministro da Previdência, o aumento de 7%, costurado por Vaccarezza, não está garantido.
- Garantido é os 6,14%- disse.
O reajuste fixado na MP equivale à inflação mais um ganho real equivalente a 50% da variação do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2008. Elevar o reajuste para 7% representaria um aumento de despesas de R$ 1,1 bilhão ao ano nos gastos públicos. Com o porcentual de 7,71%, a despesa aumenta para R$ 1,7 bilhão ao ano.
O índice de 7% significa a reposição da inflação mais 67,25% da variação do PIB de 2008. O índice de 7,71% é equivalente à reposição da inflação mais 80% da variação do PIB. Gabas participa nesta tarde de uma audiência pública na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado para discutir o possível repasse de parte dos recursos do Fundo Social do pré-sal para a Previdência Social.
Economia
Reajuste de 7% para aposentados não está garantido, diz ministro da Previdência
Segundo Gabas, não cabe ao governo interferir nas negociações no Congresso para garantir índice maior
GZH faz parte do The Trust Project