Há algo de muito simbólico no primeiro cachê recebido por um artista. Afinal, além do papel identitário sempre implícito num trabalho criativo, reconhecer a arte enquanto profissão é um passo além. Receber um pagamento ao fazer algo que se ama e acredita representa uma espécie de aval, uma esperança. Para o artista mirim Pablo da Fonseca Faustino, 14 anos, a possibilidade do primeiro pagamento pela arte foi possível por meio do edital UNO-me, organizado recentemente pela escola caxiense Tem Gente Teatrando. A ideia do edital era investir dinheiro na arte periférica pagando por música, poesia, teatro, livro e outras manifestações genuínas desses lugares. MC Pablo teve a música Passando o Bastão – parceria com seu mentor, Chiquinho Divilas – contemplada no projeto e levou para casa R$ 250.
Reportagem do Almanaque
Conheça histórias por trás do edital UNO-me, dedicado a artistas da periferia de Caxias
18 propostas foram contempladas com R$ 250 cada
Siliane Vieira
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