Nem bem duas décadas haviam se passado desde o final da Segunda Grande Guerra Mundial. Pouco tempo para a destroçada Alemanha se revigorar, reconstruindo-se a si própria: feridas ainda se cicatrizando e ultimando sua reparação estética. Uma grande força-tarefa executava um diligente redesenho plástico. O esforço do povo alemão, a sua determinação tenaz, a energia e a crença na capacidade intrínseca, tinham recuperado quase tudo. Podia-se, porém, divisar aqui e ali, resquícios de escombros e abandono. Prédios em restaurações. O imponente Ministério da Guerra, na outrora orgulhosa Munique nazista, onde Hitler decolou sua loucura, encontrava-se em completa ruína. Não diferente da igreja principal de Berlim – a Kaiser-Wilhelm – com as torres decepadas, e que ainda conservam os rasgos da cruel amputação, como símbolo sinistro.
Opinião
Francisco Michielin: eu ainda me lembro
Libertos de parte à parte, nos aconchegamos afetuosa e efusivamente, repartindo juntos com as garotas os primeiros minutos do novo ano
Francisco Michielin
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