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Está em cartaz na Galeria de Artes do Ordovás (Luiz Antunes, 312), em Caxias, a exposição Campo Humano, do fotógrafo Ale Ruaro. São 20 trabalhos que pretendem retratar o que as pessoas não costumam enxergar. Corpos desnudos revelam mais do que suas formas, urbano e rural aparecem sem se contrapor e o desejo é pano de fundo do trabalho com um quê etnográfico.
Para o curador André Venzon, Ruaro coloca em evidência a investigação do ser humano por meio de uma série de indícios, como a pele à mostra, um pedaço de carne antes e depois do abate, o apetite ou a saciedade.
- Ele está em lugares que nem sempre nós estamos.
Ruaro clicou o universo BSDM (Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo) em São Paulo, clica amigos sem roupa, viveu por 15 dias em um apartamento de jovens em Curitiba e clicou travestis em motéis, pelas ruas ou nas próprias camas em em Porto Alegre e Curitiba, provocando e refletindo sobre normal/anormal.
- Quero, com meu trabalho, mostrar a diversidade e contribuir para que se perca o preconceito. Faço ver as situações e pessoas de outra forma, como uma maneira de desmistificar o assunto - explica o artista.
A exposição pode ser visitada até 19 de setembro, com entrada franca. Visitação de segunda a sexta das 9h às 18h e, aos sábados, das 15h às 18h. No dia 1º de setembro, às 19h30min, o fotógrafo Ale Ruaro irá conversar com o público. O encontro será na Sala de Cinema Ulysses Geremia, no Ordovás.