Único brasileiro a estrar na lista das 500 pessoas mais influentes da moda no mundo, Oskar Metsavaht esteve em Caxias domingo à noite para fazer a conferência de abertura do 10º Colóquio de Moda. No UCS Teatro, falou de novas paradigmas e conceitos para a moda mundial.
- Os valores da agenda 21 são consumir menos, com originalidade, qualidade e sustentabilidade. Esse consumo de grifes que estamos vendo agora é boom de classes e países emergentes.
Diretor de estilo e criação da marca Osklen, ele acredita que o consumo contemporâneo deva ser pensado com critérios.
- Dá para ter clássicos, comprados com preços acessíveis. E isso não é uma questão de fast fashion, é seleção de peças de design, conceitos e significados, usados de forma contemporânea e sustentável.
Ele também tem um olhar crítico em relação ao fast fashion:
- É tudo errado, é cópia. E cópia é antiético, ilegal e imoral. A gente tem que combater isso - disse.
Para ele, há um embate entre o antigo luxo, de matriz europeia, cujo poder de invenção e criatividade vem se esgotando, com o o que chama de novo luxo:
- Ele une ética e estética, que pressupõe design, sofisticação. Logo, ter ética também é luxo. O novo luxo é a nobreza da ética e a beleza da estética.
Nesse contexto, luxo é ter uma indústria de moda sustentável, que pense em seus procedimentos na cadeia criativa, optando inclusive por materiais renováveis e recicláveis. Coisa que a Osklen faz há uma década e que projetou a marca mundialmente.
- Nosso trabalho tem cinco pilares: uma linguagem estética universal, a originalidade, o significado, a qualidade intrínseca e a sustentabilidade _ diz o criador, cujo empresa redefiniu a partir de 2012 uma estratégia mundial de mercado a partir de sociedade com a Alpargatas.
- A meta é fazer da Osklen uma marca mundial. Fizemos pesquisas para isso.
Moda
Oskar Metsavaht defende moda sustentável
Diretor da Osklen fez conferência de abertura do 10º Colóquio de Moda no UCS Teatro
Carlinhos Santos
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