Um encontro entre circo e teatro, entre som e movimento. O espetáculo A Espuma do Ar (do francês L'Écume de l'Air) chega a Caxias do Sul nesta quinta, no Teatro do Sesc, depois de uma série de apresentações elogiosas pela Europa desde 2008, quando foi criado.
Tudo é minimal nesse número arquitetado pelo malabarista alemão Martin Schwietzke, também fundador, ao lado de Jérôme Tchouhadjian, da companhia Les Apostrophés, surgida em 1997. A iluminação, sorumbática, potencializa os jogos de sombra.
Enquanto Schwietzke equilibra esferas com gestos dos mais diversos, o saxofonista Pierre Diaz conduz a trilha, ao vivo, encoberto por um enorme pano branco, como se estivesse sob uma espécie de mosquiteiro gigante.
- O espetáculo narra o encontro do músico com o malabarista. É um encontro mágico, que se dá a partir de muito mistério. Usamos, acima de tudo, a improvisação - conta Diaz, de Porto Alegre, onde o dupla se apresentou na última terça-feira.
Dessa alquimia entre o músico e o malabarista surge um quê de mistério - provocado principalmente pela trilha e pela iluminação - e de sensualidade - promovida pelos vistosos movimentos de Schwietzke, que parece fazer orbitar as bolas ao redor de seu torso, como a desafiar a gravidade. Nesse diálogo sem palavras - portanto, não é necessário entender francês para assistir ao espetáculo -, um mundo onírico se descortina nessa proposta de novo circo, aquele movimento que traz elementos da dança, do teatro e da música às técnicas circenses tradicionais.
PROGRAME-SE
O que: espetáculo A Espuma do Ar, da companhia francesa Les Apostrophés
Quando: nesta quinta, às 20h
Onde: Teatro do Sesc (Moreira César, 2.462), em Caxias do Sul
Quanto: R$ 20. Comerciários pagam R$ 5 e empresários, idosos, estudantes e classe artística, R$ 10
No palco
Nesta quinta, Cia francesa Les Apostrophés traz 'A Espuma do Ar' a Caxias
Apresentação será no Teatro do Sesc
GZH faz parte do The Trust Project