Março costuma ser um mês festivo para os caxienses da Apocalypse, já que o mês marca a chegada do álbum de estreia da banda, ocorrida em 1991. Neste ano, a comemoração é ainda maior, já que o disco completa redondinhos 30 anos. Lançada pela gravadora Acit com produção de Edison Campagna, a obra entrou para a história por ter sido um dos primeiros vinis de rock autoral da região, além de ser um dos registros seminais do rock progressivo gaúcho, com músicas que permitiam movimentos poucos usuais para a época, como o sintetizador assumindo o lugar da guitarra, por exemplo. A capa, como dá para conferir aí acima, trazia um pouco do clima industrial da terra natal da Apocalypse.
O show de lançamento do trabalho também chamou atenção, pois parou a Avenida Julio de Castilhos num domingo (10 de março de 1991) à tarde, quando a banda se apresentou em cima de uma carreta. A cena é quase paradoxal se imaginarmos o contexto de distanciamento social enfrentado atualmente.
– Nós interrompemos o trânsito da mais movimentada avenida de Caxias do Sul e tocamos música autoral do primeiro disco para mais de mil pessoas – lembra orgulhoso o tecladista Eloy Fritsch, único membro da formação original que ainda integra a banda.
Na época do primeiro disco, a Apocalypse era um trio. Além de Fritsch, a banda tinha Chico Casara (vocal, guitarra e baixo), e Chico Fasoli (bateria).
No clima de revival
A foto acima é do último show que a banda Apocalypse realizou pré-pandemia, no Rio de Janeiro. Mesmo antes da chegada dos 30 anos do lançamento do primeiro álbum, o clima de revival já estava movimentando o grupo. Desde 2019 eles trabalham na divulgação do disco comemorativo aos 35 anos de trajetória da banda. E é esse trabalho que eles pretendem retomar nos palcos em breve. Atualmente, a formação da Apocalypse tem Gustavo Demarchi (vocal e flauta), Eloy Fritsch (teclados), Ruy Fritsch (guitarra), Daniel Motta Santos (baixo) e Rainer Steiner (bateria). Abaixo, te mostramos uma playlist com as canções do disco mais recente da banda.