Sabor tem memória e cozinha tem história na gastronomia que Matheus Karsten, 24 anos, vem exercitando há dois. Ele trocou o comércio internacional pelas cozinhas do Coringa, Bistrô São Lorenzo e Zero54. Daí foi para o Rio, no Lasai, descobrindo o refinamento descomplicado do chef Rafa Costa e Silva e sua opção pelos produtos orgânicos e de cultivo próprio. Depois, Minas e o tempero brasileiro do Trindade. Em Porto Alegre, trabalhou com Marcelo Schambeck, do El Barbieri. Pitadas de experiência para um paladar que jamais esquece o tortéi da avó materna e a costela de porco com repolho e polenta mole da avó paterna.– Comida é amor – conceitua, diz, num manifesto ético-culinário.
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É com esse sentimento que tem praticado em sua nova empreitada, o Rango Local. A proposta é simples, mas com a sofisticação desse fazer dedicado. Na banca mambembe, leva a vários lugares – na Paralela em especial, onde estará na festa de hoje –, serve três tipos de sandubas feitos com produtos da região: o Chrpn, com linguiça fresca de porco, chimichurri e vinagrete de cebola roxa, o de pernil com queijo meia cura e vinagrete de abacaxi, e o de faláfel com molho de iogurte e repolho roxo.– Tudo é simples, mas pensado e bem feito – afirma Karsten. Longe da histeria das disputas dos realities, quer uma cozinha de afetos:– Na gastronomia, ganha quem ama o que faz.