
Elegante, articulada, gentil e com ares de diva discreta, Cecília Roth fez reverência à sua trajetória em sua passagem por Gramado, sexta-feira. À tarde, durante coletiva dada na Cristais de Gramado, onde deu início ao molde da estatueta que será entregue no ano que vem, falou da necessidade da articulação do cinema latino.
– Nos vemos pouco, nos conhecemos pouco. Precisamos de uma união latina neste momento em que a situação está difícil especialmente para a cultura.
Sobre Almodóvar, com quem fez muitos filmes, falou especialmente de Tudo Sobre Minha Mãe:
– Foi uma experiência modificadora de minha vida pessoal e profissional.
Contou que adoraria ser chamada para comédias, mas sempre lhe caem papéis dramáticos. E que, sim, adoraria ser chamada para um filme brasileiro. Por enquanto, gravou participação na série Supermax, da Globo.
À noite, nos agradecimentos pelo Kikito de Cristal, ficou emocionada:
– Esse prêmio significa que tenho um caminho percorrido e que esse caminho fez algum sentido – falou, dando também um tom feminista à cerimônia.
– Se sou a primeira mulher a receber este Kikito e os 12 primeiros foram para os homens, nos devem 11!