Segunda-feira, quando soube do assalto e tiroteio no Centro de Caxias, Alexandra Faccio ficou mais inquieta do que é. Precisava ir ao lugar quanto antes.
Na terça, saiu do Desvio Rizzo, onde mora, passou por lá e onde ponde, pendurou uma das mensagens manufaturadas e multicoloridas que tem espalhado pelo Centro de Caxias. Amarrado em uma árvore um espiral em papel multicolorido virou um artefato que pedia paz!
Ontem, numa caminhada de São Pelegrino à Praça Dante, pendurou outros 64 desses pequenos manifestos em nome da harmonia na cidade.
– Caxias anda precisando disso, a situação está difícil. O negócio é plantar o bem – diz Alexandra, ou Teca, que é como assina as peças e é chamada no dia a dia.
A função começou há dois meses, primeiro em ônibus das linhas troncais. Depois foi às ruas e praças. Acredita que faz uma espécie de ativismo.
– O mundo está tão tecnológico que alguém precisa se dispor a escrever manuscrito de amizade e paz. É meio hippie, mas é isso mesmo – diz ela, 45 anos, vestindo camiseta com slogan dos Ramos, conclamando à ação.É o que ela pretende seguir fazendo.
– Faço isso desde que frequentava um grupo de jovens, em Capão da Canoa. Também fiz a árvore com mensagens no Rizzo. Posso parecer remanescente de Woodstock, mas como a cidade anda meio estranha, acho que é de ternura que precisa mesmo – diz ela.
Ativismo
3por4: As mensagens de paz que Teca distribui pelo Centro de Caxias
Ações defendem ternura e paz para uma cidade que anda violenta
Carlinhos Santos
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