Olhar o mundo e fazer dele um referencial para o bem viver é uma das facetas da designer caxiense Margaret Telles De Zorzi. Advogada estabelecida e com especialização na área, ela se desafiou a um novo aprendizado e foi atrás de aprimorar um talento que já exercia no cotidiano, formando-se então em Design, atividade que exerce há dez anos.
– Sempre tive uma tendência para a arte. Ser designer de interiores é uma satisfação pessoal, embora viva momentos estressantes – avalia Margaret, lembrando de projetos que teve que executar em três dias, por exemplo.
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Enfrentar e vencer obstáculos é com ela mesma. Em sua trajetória profissional, contabiliza feitos como a participação no reality House Hunters International, exibido no ano passado pelo canal Home & Garden Television, no qual mostrou o projeto de uma casa típica nordestina concebida com os confortos do modo de vida norte-americano.
– Sempre gostei muito de desafios. Sou persistente, não aceito não como resposta. Acho chato quem fica puxando para trás. Com esse projeto do reality fui longe. A repercussão internacional foi bacana. Subi mais um degrau na minha profissão. Um presente de honra da minha vida e do meu trabalho – avalia ela, em uma das salas do apartamento em estilo vitoriano no edifício Parque do Sol, em Caxias.
Casada com João Batista De Zorzi, mãe de Lilian e Adriane, filha de Euclides de Lima Telles (in memoriam) e Rosa de Souza Telles, Margaret diz que sua fonte de pesquisa para os projetos é estar atenta ao seu redor.
– Minha biblioteca é o mundo. Sou uma observadora atenta, tenho olhar de raio x. Minhas filhas não têm paciência de sair comigo, pois estou olhando para tudo o tempo todo – conta a designer.
Nessa busca recorrente por referências, Margaret diz que encontrou seu estilo.
– Trabalho com o moderno e o contemporâneo, mas gosto de dar sempre um toque neoclássico para dar sofisticação aos ambientes – explica.
Nos périplos pelo mundo, entre viagens pela Europa, Estados Unidos e Emirados Árabes, sem esquecer-se das paradas pelos endereços da família em Gramado, Itapema e Fortaleza, Margaret conjuga trabalho e lazer.
– Eu e meu marido adoramos botar o pé na estrada. Viajar é um grande prazer, pois estou sempre aprendendo. A melhor cultura se absorve assim.
Nesse vai-e-vem, nossa entrevistada nos conta que sempre arranja um tempinho para dar suas caminhadas para renovar o viço de seus 65 anos.
– É a hora em que medito, coloco as ideias em ordem e converso comigo mesma. Tenho pensado que este momento da pandemia nos fez aguçar nosso sentido de solidariedade. Minha alegria é ver as pessoas felizes – afirma.
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