![Jucimar Milese / Divulgação Jucimar Milese / Divulgação](http://www.rbsdirect.com.br/imagesrc/25432109.jpg?w=700)
Os caminhos da arte e da arquitetura se cruzam na vida da jovem Nicole Heinen. Aos 24 anos, ela está na reta final do curso de Arquitetura e Urbanismo na UCS e decidiu mostrar uma nova faceta criativa, a pintura. Filha de Daniela Cristina Heinen, in memoriam, e de Eduardo Heinen, ela remonta às lembranças da infância e do convívio materno, para entender sua opção pela arte. Não à toa, incluiu em sua assinatura artística o sobrenome August, nome de solteira da mãe.
Leia mais
Conheça a trajetória da amazona Anete Titton De Carli que, em breve, comandará hípica própria em Caxias
Conheça Arthur De Antoni Perini, o jovem chef que comanda o Q Restaurante ao lado do pai, em Caxias
— Minha mãe pintava telas, fazia bordados, tricô, trabalhava com miçangas. Eu acompanhava tudo atentamente e aprendi a realizar coisas prazerosas com a arte. Desde criança eu pintava quadrinhos. Então, creio que faz sentido o “August”. É uma homenagem a ela, que me ensinou a curtir tudo isso — diz Nicole.
Embora venha se exercitando na pintura há cinco anos, recentemente Nicole começou a receber as primeiras encomendas. O seu espaço de trabalho é um ateliê localizado no bairro Cinquentenário, onde nove jovens criadores exercitam sua criatividade em diferentes linguagens. Nicole circula com desenvoltura no espaço, entre telas que mostram animais, mulheres e natureza.
— Minhas pinturas buscam referências da pureza e delicadeza. Gosto de pintar bichinhos fofinhos. Acho que tem a ver com minha personalidade. A arte me faz sentir muito bem. Quando venho para o ateliê foco no trabalho e relaxo a cabeça. Mas eu ainda estou em busca de um estilo — revela.
O gosto pelas artes também a fez escolher o curso de Arquitetura e Urbanismo, cujo trabalho final propõe uma requalificação do Centro de Cultura Ordovás. De novo, cultura e arte emergem nas escolhas da garota, que em 2017 dedicou um semestre de estudos em Lisboa.
— Percebi por lá como famílias inteiras visitavam museus e espaços culturais, que são importantes para esse convívio com a arte — reflete.
Com o olhar focado nessa área, depois da formatura, pretende mergulhar ainda mais na pintura, ratificando a formação do curso de extensão em pintura, com a professora Mayta Fernanda Pasa:
— Ela é uma inspiração como pessoa, professora e artista — declara.
É com esta delicadeza de gestos e olhares que Nicole vai organizando seus novos projetos de vida. A discrição e a leveza se refletem também na forma como a bela lida com a vaidade.
— Gosto de me sentir bem, confortável, gosto de me sentir bonita. Mas não cometo excessos em nome da beleza. Gosto de me maquiar, acho que esse também é um jeito de lidar com arte — diz.
Esses valores e esta postura de vida são intensificados no cotidiano em família, nas conversas constantes com o pai na chácara do clã, onde também convive com as suas duas vira-latas, Alice e Juju, e faz verdadeiras maratonas de cinema e séries com o namorado Luís Henrique Mazzochi.
— Não sou muito baladeira. Prefiro esse convívio em casa, de ficar em meio à natureza, tomar um chimarrão. Também gosto de praia, de ouvir e sentir a força do mar. É algo que limpa a alma. Gosto de pensar que as pessoas são puras e têm bondade no coração. Isso até existe, mas gostaria que fosse mais. Precisamos aprender a compartilhar para evoluir — defende Nicole.