
Em contato recente, a coluna perguntou ao deputado federal Mauricio Marcon (Podemos) quem será o vice de Maurício Scalco (ainda no Novo), nome de partidos de direita para a prefeitura de Caxias do Sul em 2024. Marcon foi direto:
– A Gladis (Frizzo, vereadora do MDB). Já está definido há algum tempo.
A coluna foi conferir com Gladis. Veja o que ela diz:
– Eu recebi o convite, sim, e fiquei lisonjeada por ser eu uma vereadora que vem do movimento comunitário. Mas não tenho posição nenhuma do meu partido, o MDB. E, na convenção (encontro Mobiliza RS), o presidente (do MDB Caxias, Carlos Búrigo) anunciou que nosso candidato é o (José Ivo) Sartori. Vamos ver no decorrer do processo, eu sempre coloquei meu nome à disposição.
A condução que vinha sendo dada para a destinação da vaga de vice da candidatura articulada por partidos de direita (Novo-Progressistas-PL-Podemos), em torno do nome de Scalco, é só um exemplo do impacto que produz a colocação do nome de Sartori no cenário eleitoral. Gladis quer esperar “o decorrer do processo” da definição em torno de Sartori. Até agora, a articulação vinha evoluindo.
No caso, uma eventual dobradinha Scaldo-Gladis precisaria envolver troca de sigla da vereadora, pois esse não é o plano do MDB.
A extensão do efeito Sartori
Não é só o exemplo da definição da chapa articulada pelos partidos de direita que é atingida pela entrada do nome de Sartori no cenário. O PSB, que tem estado ao lado do MDB nas últimas eleições, vai querer examinar para onde vão as articulações.
– Uma eventual candidatura Sartori muda todo o cenário – admite o experiente líder socialista e ex-vice-prefeito, Elói Frizzo.
O PDT também teve parcerias com Sartori. E até foram protocoladas simultaneamente ne Câmara homenagens para Sartori e o ex-prefeito Alceu Barbosa Velho (PDT), para produzir um efeito político de proximidade entre as siglas. Mais do que nunca, essa alternativa será examinada, embora Alceu tenha enfatizado a “independência do PDT”.