O último dia de uma Copa do Mundo, em algum momento, guarda certa melancolia, mesmo que seja antecedido por uma enorme festa quando se vence e se conquista o título. É um sentimento compreensível, especialmente quando se é criança ou se está na adolescência, quando se tem os primeiros contatos com a emoção proporcionada por um jogo de futebol. É tão mágica uma Copa do Mundo, como foi o desfecho dessa que acabamos de testemunhar, que uma criança olha para frente e desanima: não é possível, são quatro anos até a próxima Copa, como aguentar o tempo passar até lá? Quando se é criança, o tempo, venturosamente, demora mais a passar. Até que, depois de transpor um oceano sem fim do tempo, chega uma nova Copa, quatro anos depois. E aí, aos poucos, com o passar da vida, esses quatro anos começam a diminuir na percepção de tempo que temos deles. Aliás, até a próxima Copa, na América do Norte, o tempo será, de fato, menor: três anos e meio.
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Histórias de Copa: Obrigado, futebol
O futebol, e todos os componentes que o envolvem, está à altura da capacidade inventiva da humanidade, um esporte popular, imprevisível, sem fronteiras, capaz de despertar tamanha emoção, muitas vezes em catarse, como neste domingo
Ciro Fabres
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