O time de Zagallo na Copa de 70 foi um achado. Pela qualidade, pela invenção e pela implantação prática, já naquela época, de um programa de qualidade e competitividade, tão perseguido nos ambientes corporativos hoje em dia. Zagallo colocou os melhores no time para jogar. Encontrou um lugar para cada um. Do meio para frente, jogavam Gerson, Pelé, Jairzinho, Tostão e Rivelino, e se diz que todos eram armadores e meio-campistas. Essa foi uma lição de gestão de grupo, de pensamento tático e estratégico e de desenvolvimento de um programa de qualidade. Mas também funcionou o time de Zagallo em 70 por uma certa relação de intimidade da torcida, de proximidade, de comunicação com o grupo de jogadores, com a equipe. Vejam esta escalação, time-base de Zagallo naquela Copa: Félix, Carlos Alberto, Brito, Piazza e Everaldo; Clodoaldo, Gerson e Pelé; Jairzinho, Tostão e Rivelino. Apenas um nome duplo, e mesmo assim, era o nome próprio, de identificação direta, sem incluir sobrenome. Eram nomes diretos, até apelidos. Pelé não era Edson Nascimento, nem Tostão era citado como Eduardo Gonçalves nas narrações, ou ainda Jairzinho não era Jair Ventura. Tudo muito mais fácil, aproximando a relação, a identificação, o reconhecimento, a referência. Nós, crianças da época, sentíamos ali um ambiente popular e informal.
Crônica
Opinião
Histórias de Copa: O time da Seleção de 70
Zagallo colocou os melhores para jogar. Encontrou um lugar para cada um. Do meio para frente, jogavam Gerson, Pelé, Jairzinho, Tostão e Rivelino
Ciro Fabres
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