Eu estava em casa naquela noite. Era um aluno do 4º ano do então curso primário, anterior ao curso ginasial. Ambos viriam a se transformar depois no antigo 1º Grau, hoje Ensino Fundamental. A tevê recém experimentava os primeiros passos rumo a sua inexorável popularização. Tevê em preto e branco, cheia de chuviscos, com um único canal. No caso, era a TV Piratini, canal 5, que reproduzia a programação da Rede Tupi de Televisão. A programação começava às 5 da tarde. Com frequência, por falhas nas antenas de retransmissão, a tevê ficava muitos dias “sem pegar”, isto é, só chuvisco, sem sinal algum. Creiam os mais jovens, assim se dava nossa conexão com o mundo, e também por meio das emissoras de rádio. Mas vamos devagar, não havia rádio FM. Naquela noite, havia o prodigioso fato de que o homem pisaria na Lua pela primeira vez, que a televisão nos traria por meio de imagens entrecortadas da Nasa. Agora no sábado, serão 50 anos desde que Neil Armstrong deixou a primeira pegada na Lua, seguido depois por Buzz Aldrin. Integravam a tripulação da Apollo 11.
Opinião
Ciro Fabres: aquela noite
Me faz bem acreditar. Libera a imaginação e propõe a conquista do desconhecido
Ciro Fabres
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