A questão são as ênfases e os significados. Gera uma questão de entendimento do que se diz e, ao fim, é uma questão de conteúdo. A apresentadora Oprah Winfrey verbalizou o sentimento de muitas mulheres da indústria do entretenimento nos Estados Unidos diante de casos repetidos de assédio sexual, que estão presentes na realidade de milhões de mulheres mundo afora. Surgiu o contraponto de francesas em um manifesto onde defendem "a liberdade de importunar, indispensável à liberdade sexual". Elas até concordam que é necessário reagir contra o abuso de poder por parte de muitos homens. Mas colocam outra ênfase: não se sentem representadas pelo brado que ecoa de Hollywood. Falam em "ameaça ao flerte”, mas abuso é outra coisa. Assim, os significados se distanciam.