O primeiro debate na arrancada do segundo turno, na Rádio Gaúcha Serra, começou morno e evoluiu para um enfrentamento mais tenso entre os candidatos Edson Néspolo (PDT) e Daniel Guerra (PRB) ao final. Esteve recheado de declarações de intenção, um desfiar de propostas diversas, mas as intervenções dos postulantes ao cargo de prefeito de Caxias do Sul não avançaram para a questão central, de onde sairão os recursos para viabilizar as intenções enfileiradas.

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Outra característica foi um diagnóstico da realidade que não exatamente confere com o que se vê. Néspolo disse que o transporte em Caxias do Sul é "seguro, confortável, que funciona" e que "a educação é de ótima qualidade". Já Guerra afirmou que a região da Estação Férrea "está abandonada", mesmo com a Praça do Trem e a Praça das Feiras.

Quando veio a pergunta de Guerra para Néspolo sobre como pretende administrar os CCs, o clima esquentou. O candidato de oposição qualificou o governista de "líder máximo dos CCs" e foi cobrado por Néspolo sobre por que não havia reduzido os cargos em comissão quando foi secretário de Turismo. Na sequência, em questionamento de Néspolo sobre o turismo, Guerra simplesmente não abordou o tema na primeira resposta, mas apenas na tréplica.

Detalhar propostas e esclarecer os eleitores de forma objetiva, a partir de diagnósticos mais próximos da realidade, é o desafio para os candidatos ao longo desta campanha de segundo turno. O debate inicial foi uma amostragem de que o enfrentamento entre eles terá algum grau de tensão, o que pode afastá-los do aprofundamento dos temas de interesse da população. Será importante que esse ambiente não comprometa o esclarecimento do eleitor.