Não era o que a indústria imaginava. No final do ano passado, a expectativa era de que 2019 fluiria naturalmente, já que os contratos estavam deslanchando. Mas o segundo trimestre de 2019 freou, e muito, o segmento fabril por conta da fraca demanda interna.
A leitura do cenário sob a ótica dos industriais gaúchos foi divulgada pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs). Intitulada Sondagem Industrial, a pesquisa apontou que 50% dos entrevistados consideraram o mercado brasileiro insuficiente no período de abril a junho. Como segundo entrave indicado pelos executivos está a elevada carga tributária, com 41,6% das respostas.
Na lista de obstáculos levantados ainda aparecem demanda externa baixa (20,1% dos empresários), falta de capital de giro (19,6% das opiniões) e competição desleal (18,7% das queixas). Os números divulgados pela Fiergs se assemelham aos do contexto nacional: levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta a elevada carga tributária, com 42,4% das indicações, e a falta de demanda interna, com 41,1%, como as principais dificuldades.
Apesar da perda de dinamismo da indústria no primeiro semestre, o segmento fabril projeta crescimento da demanda, das exportações e das compras de matérias-primas até o final do ano.
–A tendência para a indústria gaúcha, na visão dos empresários, segue favorável – pondera o presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry.
Dois poréns: há baixa projeção quanto a investimento e abertura de empregos. Ou seja, existe esperança no ar, mas com uma boa dose de cautela.
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