Em supermercados, os carrinhos abarrotados de alimentos, verduras, carnes mostraram que o público está assustado e preocupado com o futuro da greve dos caminhoneiros.
Mas sair a comprar exageradamente não condiz com o bom-senso que o momento pede. Ora, se todos passarem a adquirir muito alimento para estocar, a chance de faltar para o vizinho é maior.
E, no que tange a produtos não-perecíveis, não há motivo para pânico: apesar dos impactos da greve, há estoque médio de segurança para 15 dias, informa o presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antônio Cesa Longo.
"Hoje temos estoque de não-perecíveis que daria o equivalente para abastecer todas as nossas lojas por 43 dias. Só na unidade do Kayser (em Caxias), são 2,3 mil posições de palets no estoque."
A declaração do empresário Jaime Andreazza em entrevista ao Pioneiro, em outubro de 2017, revela que as redes de grande porte sofrem menos o impacto da greve, em função dos amplos espaços para estoque. O Andreazza possui 32 lojas (incluindo os da bandeira Vantajão).
Já os mercados de pequeno porte podem esgotar mercadorias além dos perecíveis, como leite, carne, ovos, frutas e verduras.