
Entidades representativas da economia que se manifestaram em relação à greve dos caminhoneiros reconhecem a legitimidade do pleito e dizem aguardar uma posição do governo federal que leve ao término do protesto, motivado pela alta abusiva do diesel.
Sindicatos patronais temem, contudo, que medidas adotadas venham a onerar a cadeia industrial. E pedem soluções imediatas, evitando o colapso no abastecimento à população.
Embora com risco de causar o caos, pela falta de produtos, pelas dificuldades no transporte, pelos prejuízos em cargas agropecuárias e em serviços básicos, a mobilização dos caminhoneiros ganha força com o apoio de outras alas, como de agricultores e taxistas.
A sociedade entende que, sem a união e a força que pare e choque o Brasil, o assunto não ganhará a devida importância. É uma luta digna e admirável.
O governo federal mostra descaso e falta de credibilidade em negociar. O consumidor se une à luta contra os aumentos sucessivos de combustíveis, como se fosse um grito reprimido a denunciar as injustiças de um país que poderia ser rico, mas é dominado pela corrupção.
A saber: no acumulado de 12 meses, os preços da gasolina e do diesel acumulam, respectivamente, alta de 18,97% e 15,45%, muito acima da inflação geral do período (2,7%).