
A declaração da empresária caxiense Zeli Dambros, do ramo de locação de materiais para eventos, causou repercussão nas redes sociais. A diretora da Affitti afirmou à coluna que, não raro, potenciais clientes optam por trazer produtos de fora da cidade, desprestigiando as empresas locais que geram emprego, renda e que apoiam causas sociais.
No embalo da declaração, vários empresários caxienses também se mostram ressentidos com essa questão que classificam como “cultural”. Acreditam que há uma mentalidade de que aquilo que vem de fora, de grandes centros, supostamente seria melhor, quando empresas daqui apostam em atualização e reinvestem para manterem-se competitivas.
A síndrome de que "a grama do vizinho é mais verde" ou "santo de casa não faz milagre" foi reportada por profissionais de várias áreas, incluindo prestadores de serviços em produção de vídeo, fotografia e assessorias de comunicação. Vai muito além. Óbvio que há outros aspectos a serem considerados além do fato de a empresa ser local para escolhê-la. Produto, preço, qualidade, atendimento são características comparadas.
Porém, essa reflexão é crucial. Caxias do Sul precisa resgatar sua autoestima, valorizando os talentos da casa, num momento em que busca superar sua pior crise econômica. Um dia se é cliente. No outro, fornecedor. Por isso, as escolhas impactam e muito no mercado, gerando uma cadeia colaborativa. Ou não.