O setor automotivo pesado volta a engrenar os contratos favorecido por um ambiente de negócios menos hostil.
A Randon, de Caxias, confirmou esse otimismo na divulgação do desempenho no terceiro trimestre, quando viu sua receita bruta total alcançar R$ 1,1 bilhão, acelerada de 38,1% sobre o intervalo de julho a setembro de 2016.
Como no primeiro semestre ainda vivia-se os últimos capítulos da crise (será?), o grupo teve sua performance nesse indicador puxada para baixo, com crescimento de 6,4% nos primeiros nove meses, com receita bruta total de R$ 2,8 bilhões.
Outro número dimensiona a força da retomada (e mostra o contraste de dois cenários): no terceiro trimestre de 2017, o lucro líquido da Randon foi de R$ 22,6 milhões, com margem líquida de 2,9%. No mesmo período de 2016, havia amargado prejuízo de R$ 16 milhões, com margem negativa, de -2,8%.
A boa performance da empresa é resultado do trabalho realizado ao longo dos últimos meses, como redução de despesas, renovação de processos e adequação de estrutura, destaca o diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Geraldo Santa Catharina.
O executivo descarta, porém, que a virada de chave já tenha ocorrido na conjuntura econômica, pois, apesar de os volumes estarem melhorando mês a mês, os emplacamentos de semirreboques no país no acumulado do ano ainda apresentam volumes mais baixos do que no mesmo período de 2016.