Dois fatores têm levado muitas famílias ao endividamento: cenário de desemprego e perda do poder de compra. Mesmo com a inflação caindo, os salários e os planos de carreira dos trabalhadores não estão decolando por conta das dificuldades enfrentadas pelas empresas.
O resultado disso é que o primeiro semestre de 2017 encerrou com 1,5 milhão a mais de brasileiros com o nome sujo na lista de inadimplentes, mostra o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Com isso, 59,8 milhões de consumidores do país estão com contas vencidas e sem dinheiro para pagar.
O número preocupa, pois representa 39,6% da população com idade entre 18 e 95 anos. Os juros abusivos ajudam a deixar as dívidas por vezes impagáveis.O índice só não é maior porque a restrição ao crédito e o receio do consumo agem em caminho inverso, inibindo as compras e o avanço dos débitos pendentes.
Em Caxias do Sul, o cenário também se mantém com a inadimplência atingindo o ponto mais alto dos últimos anos. São 76,3 mil clientes na cidade com o CPF na base de dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), número que equivale a quase um terço da população economicamente ativa. O valor de dívidas acumuladas está em R$ 17 milhões em Caxias. Era de R$ 13,9 milhões, em 2016.
Caixa-Forte
Inadimplência, um dos reflexos da crise e do desemprego
O valor de dívidas acumuladas no SPC está em R$ 17 milhões em Caxias
Silvana Toazza
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