A retomada do mercado de ônibus somente se iniciará no segundo trimestre de 2017. É o que apontaram os principais executivos de montadoras e fabricantes instalados no Brasil que participaram na última semana do seminário Perspectivas 2017, promovido pela AutoData Editora.
Eis o cenário: o prognóstico é de queda nos negócios de até 40% em 2016, crescimento de, no máximo, 5% em 2017, e que os volumes dos últimos anos somente sejam alcançados depois de 2018.
Dados que reforçam o que indústrias caxienses, como a Marcopolo, já perceberam: o segmento brasileiro de ônibus enfrenta a pior crise de toda a sua história. Sem reação da economia, há dois anos não são repassados reajustes de preços.
– Sequer repassamos a inflação dos custos e mão de obra. Estamos com preços defasados em cerca de 20% – declara o CEO da Marcopolo, Francisco Gomes Neto.
Os juros altos, limite de financiamento do BNDES e redução da participação no programa federal Caminhos da Escola deixam a situação ainda mais delicada. O programa do governo federal, que já adquiriu 10 mil unidades por ano, está em patamar de apenas 500 ônibus anuais.
As exportações têm sido um alento, mas, com a queda do dólar, a competitividade internacional voltou a cair. O setor torce por um programa de renovação de frota e queda dos juros.
Caixa-Forte
Segmento brasileiro de ônibus enfrenta pior crise de sua história
O prognóstico é de queda nos negócios de até 40% em 2016 e crescimento de, no máximo, 5% em 2017
Silvana Toazza
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