Em seu despacho, a juíza Cláudia Rosa Brugger autorizou o aporte de capital, designado como “contrato de mútuo”, solicitado pela Guerra S/A e por sua controladora, a Tolstoi Investimentos, com garantia de alienação fiduciária do imóvel da sede, em Caxias.
O aval foi dado a partir da quinta proposta de capitalização, dessa vez sem necessidade de perícia prévia do bem. Os recursos, envolvendo R$ 35 milhões, virão de um fundo internacional representado pela Grotowski Empreendimentos e Participações.
A primeira parte do aporte financeiro, de R$ 19,3 milhões, será desembolsada em quatro parcelas e restituída em cinco anos, acrescida de juros. Os R$ 15,7 milhões restantes só serão liberados após a aprovação do plano de recuperação judicial pelos credores. Caso o projeto não seja homologado, a alienação fiduciária será convertida em hipoteca.
A juíza tomou a decisão com “o intuito da preservação da empresa e, em consequência, dos inúmeros empregos diretos e indiretos.” Parte dos 800 funcionários, exceto os da produção, ainda aguarda o pagamento de 32% dos salários de setembro. A maioria encontra-se em licença remunerada.
O advogado responsável pela recuperação judicial da Guerra SA, Angelo Coelho, salientou que o próximo passo será a formalização dos documentos para dar andamento à decisão da Justiça. Na próxima semana, os funcionários devem ser informados sobre o retorno.
Caixa-Forte
Juíza autoriza aporte de capital na Guerra SA, de Caxias
Os recursos, envolvendo R$ 35 milhões, virão de um fundo internacional. Intenção é preservar a empresa e os empregos diretos e indiretos
Silvana Toazza
Enviar emailGZH faz parte do The Trust Project