Já em andamento, o dissídio dos metalúrgicos de Caxias e da região se desenha como bastante difícil, a exemplo do ano passado, quando a negociação exigiu mediação judicial. Representadas pelo Simecs, as empresas alegam que “não provocaram e não podem pagar pela crise econômica que aí está.” Colocam na mesa de discussões a importância de preservar os empregos, em um de seus piores momentos.
Do outro lado, os trabalhadores vão lutar pelos seus direitos, já que a inflação, as flexibilizações da jornada e a falta de horas-extras estão fragilizando o bolso. As indústrias terão dificuldades de repassar reajuste real (embora os trabalhadores mereçam), em função da escassez de pedidos e sob o risco de terem de demitir ainda mais.
Nesta quinta de manhã, o Simecs divulga o desempenho do setor, com números catastróficos, tentando sensibilizar para as dificuldades prolongadas e que colocam em risco empregos e empresas. De qualquer forma, o bom senso deve nortear as discussões, que costumam ser mais acaloradas em ano de crise.
Foram fechadas quase 15 mil vagas de trabalho em 12 meses em Caxias do Sul, número perturbador. A data-base dos metalúrgicos é 1º de junho.
Na mesa de negociação
Crise deixa dissídio dos metalúrgicos da Serra mais tenso
Discussões serão complexas tendo em vista interesses de patrões e empregados. Nesta quinta, Simecs divulga balanço do setor
Silvana Toazza
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