A nova estação chega na flor que desabrocha, no canto dos pássaros que retornam para a casa do verão e na listinha de novos desejos para o ano que irá iniciar outra vez. Meço o tempo pela lua que passa altíssima, rasgando o céu. Há fases em que nos apresentamos mais iluminados e plenos e noutras, escuros e parciais. Somos gente. Somos terra. Somos abstração. Somos seres encurralados entre a partida e a chegada. Há sempre um ciclo que se encerra e outro que se inicia. Constantemente. Esta crônica é um texto de adeus, pois meu ciclo de estar aqui junto de vocês se encerra hoje, com 2016. Foram apenas quatro meses, durou o tempo que tinha de durar e saio cheia de recordações dos emails recebidos, das palavras de cumplicidade, do compartilhamento de sentimentos, de novas amizades e da sensação de sim, é preciso dizer sim, quase sempre.
Opinião
Adriana Antunes: os ciclos
Esta crônica é um texto de adeus, pois é hora de alçar outros voos
Adriana Antunes
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