Educação
Sem dúvida, é um bom sinal quando centenas de pessoas, entre elas, dezenas de autoridades, dedicam um dia inteiro de suas agendas para pensar a Educação. A Audiência Pública realizada pela Assembleia Legislativa na sexta-feira (28) em Marau contou com a presença do governador Eduardo Leite, do presidente da Assembleia Vilmar Zanchin, deputados, além de prefeitos e secretários da maioria dos municípios da região. Como resultado das discussões, o deputado Zanchin entregou um documento ao governador, com a síntese dos painéis que abordaram principalmente a necessidade de mais escolas em tempo integral assim como a educação tecnológica e profissionalizante.
Sinergia
Além de Marau, mais oito municípios sediarão a Audiência Pública até o final do ano. A ideia é que os caminhos apontados durante as discussões se transformem em um Marco Legal pela Educação. Como disse o governador na abertura da Audiência, “é preciso uma aldeia inteira para educar uma criança”. Ao citar o famoso provérbio africano, o governador defendeu que “todos puxem na mesma direção em uma sinergia pela educação”. No painel de abertura do evento, a educação de Passo Fundo foi protagonista com a participação do secretário Adriano Canabarro Teixeira e da Reitora da Universidade de Passo Fundo (UPF), Bernadete Dalmolin.
Insegurança
Se por um lado, há razões para celebrar a Educação em Passo Fundo, por outro, a insegurança nas escolas continua sendo um grande desafio. A audiência pública realizada na última quarta-feira (26) para debater o tema escancarou uma realidade que mesmo não sendo desconhecida, surpreendeu até mesmo os vereadores, que ouviram apelos emocionados de pais que, com medo, vem fazendo plantão em frente aos portões das escolas. Apesar de todos reconhecerem o esforço dos órgãos de segurança, o sentimento é de vulnerabilidade. Segundo os depoimentos, as câmeras instaladas em muitas escolas não são o suficiente e os pedidos são pela construção de muros mais altos e contratação de vigilantes. Porém, infelizmente, a audiência que iniciou com um pedido de socorro dos pais, encerrou com um sentimento de impotência, já que os vereadores se disseram com as “mãos atadas” para resolver a situação que depende fundamentalmente do Executivo...
Reunião Técnica
A reunião técnica para tratar do projeto do subsídio do transporte coletivo realizada na quinta-feira (27) por iniciativa do líder do governo na Câmara de Vereadores, Gio Krug (PSD) se transformou – como era de se prever – em um embate entre Oposição e Situação, com direito até a momentos mais tensos envolvendo o vereador Gio Krug e o líder da oposição, vereador Rodinei Candeia (Republicanos). Mesmo assim, a avaliação é que a reunião serviu para esclarecer itens importantes. De acordo com a vereadora Regina Costa (PDT), a reunião foi positiva, uma vez que foram apresentados alguns números que não constam no projeto. Ao mesmo tempo, os vereadores puderam apresentar suas preocupações aos representantes das empresas, a principal delas, segundo a vereadora, é o fato de não estar escrito no projeto que a tarifa será reduzida ou congelada, assim como os critérios de contrapartida para melhorar a qualidade do transporte. Além disso, os vereadores que questionam o projeto querem que o Executivo apresente as planilhas de custo da mobilidade urbana do município, o que deve ser feito em uma nova reunião marcada entre os vereadores que integram a CPDUI, - comissão que trata do desenvolvimento urbano – e técnicos da Prefeitura.
Mágica
O valor da tarifa é, sem dúvida, o item central da discussão, o que já se viu que não poderá ser decidido com emenda ou canetaço. O próprio prefeito Pedro Almeida, em conversa recente com esta colunista, admitiu que o custo da passagem em Passo Fundo é alto, porém, “não existe mágica”... Ou melhor, até existe, e se chama subsídio. No RS, segundo o Instituto de Defesa do Consumidor (IDEC), 22 prefeituras deram auxílio financeiro às empresas de transporte devido à pandemia, sendo que apenas oito não exigiram contrapartida como o congelamento de tarifa. Segundo o vereador Luizinho Valendorf (PSDB), que já decidiu seu voto à favor do projeto, o subsídio é a única forma de garantir que a tarifa não aumente e que possa até mesmo ser reduzida.