Por Julcemar Zilli, economista
Nos últimos 30 dias, os produtores gaúchos observaram um aumento de 4,05% no preço do suíno vivo, elevando-o de R$6,17/kg para R$6,42/kg (Cepea, 2023). Esse acréscimo, apesar de impactar diretamente no bolso dos consumidores, é reflexo de uma procura crescente por carne suína, especialmente notável no período que antecede as festividades de fim de ano.
O aumento expressivo na demanda por carne suína nesta temporada pode ser atribuído a diversos fatores, com destaque para as preferências gastronômicas nas celebrações de Natal e Ano Novo. Essa preferência tem explicação. A carne suína é inigualável, é macia e saborosa, capaz de incorporar uma infinidade de temperos e marinadas, tornando-se um verdadeiro curinga na mesa festiva.
Outro ponto relevante é a tradição cultural associada ao consumo de carne suína em algumas regiões. Receitas transmitidas de geração em geração ganham destaque nas mesas familiares, reforçando o apreço e o valor simbólico desse prato.
Além disso, a carne suína possui uma relação custo-benefício atraente. Em comparação com outras opções de carne, o suíno muitas vezes é uma alternativa mais acessível para banquetes e confraternizações. Em tempos de economia instável, essa característica não passa despercebida pelos consumidores, que buscam opções que não comprometam o orçamento.
Contudo, é importante que os consumidores estejam cientes das oscilações nos preços e busquem alternativas conscientes diante desses aumentos. A variação nos valores do suíno nos últimos 30 dias reflete não apenas a demanda aquecida, mas também fatores como condições climáticas, custos de produção e logística.
Diante disso, o aumento de 4,05% no preço do suíno vivo no Rio Grande do Sul sinaliza não apenas uma realidade econômica local, mas também a importância cultural e gastronômica atribuída a essa carne durante as festividades de fim de ano. Cabe aos consumidores fazerem escolhas informadas, equilibrando a tradição e o sabor com a necessidade de gerenciar o orçamento doméstico.
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