A região noroeste do RS foi uma das mais afetadas pela passagem do ciclone extratropical no Rio Grande do Sul. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) registrou rajadas de vento de até 100 km/h nos municípios.
Em Jóia, o granizo causou a maior parte dos estragos. Pelo menos 300 casas foram atingidas, segundo a secretária de Assistência Social, Jussara Bazzan. A cidade decretou situação de emergência ainda na quarta-feira (12).
As equipes de auxílio já distribuíram 2,4 mil metros de lona e continuarão o atendimento até o fim da semana. A estimativa é que sejam necessárias mil folhas de telhas para consertar os estragos.
Outros cinco municípios também discutem se vão decretar situação de emergência. É o caso de Sede Nova, cidade de 2,7 mil habitantes da região noroeste. Segundo a Defesa Civil municipal, o vendaval destelhou casas e prejudicou a estrutura de prédios públicos, como a prefeitura, a secretaria de Assistência Social e Unidades Básicas de Saúde.
O município deve decretar situação de calamidade pública. Cerca de 500 residências foram atingidas, afetando quase mil pessoas. O vento derrubou árvores e postes, o que forçou a interrupção do trânsito em diversos pontos. Ao todo, 21 pessoas ficaram feridas, sem gravidade. A cidade está sem energia elétrica e sem água. A Corsan disponibilizou abastecimento aos moradores por meio de um caminhão bitrem.
As famílias atingidas se abrigam no salão da Paróquia São José. Todas as aulas e atividades previstas para essa semana foram canceladas.
Quais são os municípios afetados
Além de Jóia e Sede Nova, outros quatro municípios registraram estragos por causa das fortes chuvas no noroeste do RS. São elas:
- Doutor Maurício Cardoso: a Defesa Civil estima que os ventos chegaram a 90 km/h. Até a noite de quarta-feira, haviam 32 casas, dois pavilhões de suínos e oito galpões, além da igreja e salão de festas da comunidade de Vila Pitanga destelhados. A cidade segue sem energia elétrica.
- Coronel Bicaco: a Defesa Civil continua o levantamento dos atingidos, dado que deve ser divulgado até às 12h. Até agora, foram reportadas sete comunidades afetadas, a maioria em razão de destelhamentos. Ainda chove no local, o que dificulta o trabalho de atendimento.
- Palmeira das Missões: pelo menos 40 famílias tiveram as casas destelhadas até a noite de quarta-feira (12), segundo levantamento da Defesa Civil municipal. As rajadas de vento chegaram a 94 km/h e o município avalia se vai decretar situação de emergência.
- Panambi: o Rio Fiúza, que corta a cidade, está dois metros acima do nível normal. Com os alagamentos, ruas ficaram interditadas e 52 pessoas estão desalojadas. As famílias se abrigam em casas de parentes, por isso ainda não foi preciso disponibilizar abrigos municipais. Desde a noite de terça-feira (11), foram registrados 156 mm de chuva no município.