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Não será desta vez que o Gauchão de Futsal de 2024 terá um desfecho. Depois de marcar o julgamento sobre o caso de injúria racial que paralisou o campeonato para a tarde desta terça-feira (11), o Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) adiou a audiência.
A ação foi necessária porque ainda há prazo para o Guarany, de Espumoso, recorrer sobre o caso. O advogado do clube já confirmou que o deverá entrar com o recurso.
O julgamento foi parar no Supremo a pedido do Atlântico. O clube de Erechim discordou da decisão do TJD, em segunda instância, de retomar a partida da semifinal contra o Guarany, paralisada por conta de um caso de injúria racial, em Espumoso.
Antes disso, o Galo havia sido eliminado da competição, na primeira instância, por ter abandonado a quadra após o caso de injúria racial contra o goleiro João Paulo. O Guarany, por sua vez, foi multado pela ação de seu torcedor e perdeu o mando de quadra para a grande final. Ambos os times recorreram.
Ainda não há previsão de nova data para o julgamento no STJD. No entanto, a Liga Gaúcha, que organiza a competição, acredita que a audiência pode ocorrer na próxima semana. Enquanto isso, a Yeesco Futsal, que é o único time garantido na final, aguarda a definição nos tribunais para conhecer o seu adversário na disputa pelo título de 2024.
Relembre o caso
O caso ocorreu durante o confronto da volta da semifinal do Gauchão de Futsal entre Guarany e Atlântico. As equipes se enfrentavam no Ginásio Módulo Esportivo, em Espumoso, no dia 30 de novembro, quando um torcedor do time da casa chamou o goleiro João Paulo, do Galo, de "macaco".
Jogadores e comissão técnica do Atlântico teriam identificado o agressor e alegaram que a segurança do ginásio nada fez para o deter. O time de Erechim resolveu abandonar a quadra antes do fim da partida. Faltavam 50 segundos para o fim do primeiro tempo da prorrogação. O jogo de ida havia sido vencido pelo Guarany, por 5 a 2. Já o da volta terminou 4 a 1 para o Atlântico no tempo normal.
O caso gerou uma grande repercussão. Após a partida, o técnico do Atlântico, Paulinho Sananduva, revelou que alguns atletas estavam chorando no vestiário. O goleiro João Paulo também ficou bastante abalado e registrou boletim de ocorrência ao sair do ginásio. O torcedor foi identificado e a Polícia Civil abriu investigação sobre o caso. Ele foi denunciado por injúria racial, podendo pegar prisão de dois a cinco anos de prisão.