O caso de racismo, ocorrido no clássico entre Afucs e Guarani-FW, em 31 de agosto, foi julgado nesta quinta-feira (12) pelo Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) do Rio Grande do Sul. Na ocasião, o jogo foi interrompido por conta de denúncias feitas pelo treinador Raphael Melo e pelo goleiro Léo Silva, do time de Frederico Westphalen. A equipe optou por sair de quadra e não retornar.
Após mais de duas horas de julgamento, ficou definido que o clássico não será retomado e os três pontos da partida irão para a Afucs. A equipe de Seberi, no entanto, foi condenada à multa de R$ 5 mil e perda de dois mandos de quadra. O Guarani, além de perder os pontos em disputa, deverá pagar uma multa de R$ 500.
A equipe de Frederico Westphalen deve recorrer da decisão imposta pelo TJD.
Relembre o caso
O jogo válido pela 11ª rodada da primeira fase do Gauchão de Futsal ocorria em ginásio de Seberi, na Região Norte, quando o treinador Raphael Melo e o goleiro Léo Silva, da equipe de Frederico Westphalen, relataram à arbitragem que torcedores da Afucs gritaram xingamentos racistas atrás do gol e nas arquibancadas.
Conforme o Guarani, as ofensas aconteceram quando Silva saiu do vestiário para começar a etapa final do jogo. Por isso, a disputa foi interrompida aos nove segundos. Conforme o goleiro, o torcedor o chamou de "preto" três vezes em tom pejorativo. Na terceira vez, ele chamou o árbitro, que parou a partida.
Depois que o jogo foi interrompido, a equipe voltou para o vestiário e não houve condições de retomar o confronto. Os jogadores tomaram banho e, ao ir embora, o treinador Raphael também foi ofendido por duas pessoas que estavam na arquibancada.