Pilchados, com o chimarrão nas mãos e um orgulho que não cabia no peito, os gaúchos compareceram ao Desfile Farroupilha deste sábado (21), em Passo Fundo, no norte gaúcho. Por causa do mau tempo, o desfile que aconteceria no feriado foi transferido e com isso, o público pôde participar. Cerca de 500 cavalarianos de onze entidades tradicionalistas participaram do evento.
— A gente achou por bem, naquele momento, transferir para hoje. E eu tenho certeza absoluta que foi uma decisão acertada. Creio que cerca de 4,5 mil pessoas participaram dessa festa bonita que encerra os Festejos Farroupilhas desse ano em Passo Fundo — disse Luiz Moraes, presidente da comissão organizadora dos Festejos Farroupilhas 2024.
Pouco antes das 14h a Revista às Tropas deu início à programação. A abertura do Desfile Militar ficou por conta do Colégio Tiradentes, com a banda e aproximadamente 266 alunos, seguidos do pelotão mirim da Brigada Militar e do Proerd (Programa Educacional de Resistência às Drogas).
Em seguida, entraram na avenida os pelotões motorizados do Comando Regional de Polícia Ostensiva da Brigada Militar: Com o 3º Regimento de Polícia Montada (RPMon), Batalhão Rodoviário, 3º Batalhão de Polícia de Choque (BPChq), Batalhão Ambiental (BABM), 7º Batalhão de Bombeiros Militar (BBM), Defesa Civil, Polícia Civil, Instituto Geral de Perícias (IGP), Polícia Rodoviária Federal, Polícia Penal e Pelotão montado (3º RPMon).
O Desfile das Cavalarias foi aberto pela Gestão de Peões e Prendas da Sétima Região Tradicionalista. Em Seguida, o público pode aplaudir o Núcleo de Criadores de Cavalos Crioulos. Depois, onze entidades tradicionalistas entre CTGs, associações e grupos culturais passaram pela avenida. Cerca de 500 cavalarianos participaram do evento.
— A cultura de Passo Fundo está fortemente representada sempre por esse movimento e o desejo que as entidades têm de estar mostrando, trazendo aquilo que é a sua escolha de vida por tradição e também por opção, manter viva essa cultura gaúcha — Miriê Tedesco, secretária de Cultura de Passo Fundo.
O legado da tradição
O tempo firme levou famílias inteiras até a Avenida Sete de Setembro, no centro. Na casa da família Juriati, a tradição é incentivada desde cedo. A pequena Cecília, de apenas dois aninhos, subiu no cavalo para desfilar, acompanhada dos pais Suriã e Renato.
— Hoje sim, a família inteira desfilando, marcando mais um 20 de setembro. A Cecília tem dois aninhos e sempre gostou de cavalos, ela ama! Hoje chegou aqui e queria o cavalo dela de todo jeito — disse Suriã.
Quem também aproveitou para desfilar pela primeira vez foi o Pietro. Com três aninhos, ele cruzou a avenida acompanhado do pai, Evandro Reolon.
— Lá em casa somos bem gaúchos e hoje não poderia deixar de trazer ele junto — disse o pai orgulhoso, representando o CTG Lalau Miranda.
Enquanto uns desfilavam, outros ficavam só observando. Foi o caso do Gustavo e do Bernardo, ambos com 8 anos. Como o desfile mudou de data, eles conseguiram assistir, acompanhados do pai e avô, Paulo Ivan de Oliveira.
— Ainda bem que foi transferido, assim consegui trazer os dois, um deles vai no CTG, então tem que incentivar desde cedo e eles gostam muito — disse o comerciante.