Pela primeira vez em Passo Fundo, Fábio Porchat traz seu novo espetáculo de stand up Histórias do Porchat e promete uma risada a cada dez segundos. O evento acontecerá nesta quinta-feira (4), às 21h, no Centro de Eventos Gran Palazzo.
Com 70 países conhecidos mundo afora, em cima do palco, Porchat expõe perrengues de viagens que viveu ao longo da jornada como viajante. Entre os momentos mais inusitados, o humorista lembra uma massagem na Índia, encontro com gorilas, safáris na África e dor de barriga no Nepal.
Além de contar histórias, Fábio também é um bom ouvinte. Em seu programa "Que História é Essa, Porchat?", o apresentador recebe narrativas inesquecíveis, como a de Ingrid Guimarães e Mônica Martelli em um "carro que anda sozinho" em Ibiza, na Espanha.
Em entrevista a GZH Passo Fundo, o sócio fundador do canal Porta dos Fundos falou sobre a primeira vez na cidade, das aventuras que viveu pelo mundo, quais figuras ainda sonha em entrevistar no seu programa na GNT e a sua relação com o ato de contar histórias.
GZH: é a sua primeira vez aqui em Passo Fundo. Como está a expectativa para conhecer e se apresentar na cidade?
Fábio Porchat: já fui para o Rio Grande do Sul algumas vezes, mas em Passo Fundo é a primeira vez. Estou animado com Passo Fundo. Já quero saber aonde eu tenho que comer. Eu estou indo fazer show, fazer o povo dar risada, e eu quero saber aonde é que eu vou almoçar e jantar. Eu quero comer churrasco. Quero comer o que a gauchada come (risos).
Escolhemos ir Passo Fundo justamente para o pessoal ir para o teatro. Eu imagino que muitas vezes os artistas que vão para o Rio Grande do Sul fazer show ou peça vão para Porto Alegre, claro, a Capital. Então eu fiz questão de também passar pelas outras cidades gaúchas.
GZH: você fala sobre muitas experiências de viagens no teu stand up. Quantos países você já conheceu?
Fábio Porchat: eu já fui para 70 países e para alguns deles fui mais de uma vez, como Portugal, Itália e França. Já fui duas vezes para o Quênia e Tanzânia também. Então eu gosto de voltar para os lugares, não é só completar o álbum. É divertido ir para muito lugar assim, conhecer 70 países também é um número legal, mas eu gosto de voltar para os lugares em que eu me diverti.
Desses 70 países eu não estou incluindo o Brasil, que é o país onde eu moro, mas também faço questão de todo ano fazer uma boa viagem para um lugar diferente que eu não conheço. Esse ano eu fui para Alter do Chão, que é um lugar sensacional no Pará.
O Brasil tem lugares lindos. Claro, tem lugares clássicos como a Amazônia, Foz do Iguaçu e Chapada da Diamantina. Realmente, é tudo lindo e maravilhoso, mas tem aqueles lugarzinhos que a gente não fala tanto. A própria Rota dos Vinhos no Sul é uma delícia. A verdade é que não tem lugar melhor do que o Brasil. É o lugar mais legal do mundo. A gente tem tudo aqui, a comida é maravilhosa, o povo brasileiro é boa gente. Temos muita atração turística. Muita atração natural, mas também cultural.
GZH: quais países que você já viajou que você elencaria como top 3 melhores lugares?
Fábio Porchat: é muito difícil escolher. Eu não vou falar do Brasil porque é minha casa, mas eu diria que a Índia é um lugar muito interessante. É um país muito diferente para a gente e a Índia é o país da massagem e eu amo massagem. Tem uma história na peça que eu conto de uma massagem que eu fiz na Índia quase erótica (risos).
Eu amei também a Islândia, tem muita coisa natural para você fazer, como conhecer a aurora boreal. Também diria que o Quênia é um dos meus lugares preferidos no mundo porque o safári lá é deslumbrante e o povo de lá é muito simpático, muito alegre.
GZH: dos países que você ainda não visitou, quais são os próximos da lista?
Fábio Porchat: eu tenho vontade de conhecer alguns países como Irã e Polônia, lugares curiosos (risos). Para a Alemanha eu já fui, mas muito pouco. Eu nunca fui para Berlim, por exemplo. A Alemanha é um país que tenho muita vontade de conhecer. Eu fui já para Munique, fiquei por dois ou três dias, mas conheci muito pouco. A Alemanha eu quase nem considero que eu fui. O Salar de Uyuni na Bolívia também é um lugar que dizem que é muito bonito e quero conhecer. E tem a Tunísia, que é um lugar na África que eu quero conhecer.
GZH: na sua peça você fala sobre histórias que você viveu e no seu programa você escuta muitas histórias vividas por outras pessoas. Como é essa sua relação com o contar e ouvir histórias?
Fábio Porchat: eu sempre fui muito exibido, eu gostava de atenção quando era criança. Eu adorava que as pessoas prestassem atenção em mim. Adorava falar, contar piada de livrinho e contar histórias. E quanto mais eu contava histórias, mais as pessoas paravam para prestar atenção em mim. Aí eu falei "Opa, então tem alguma coisa aí".
Sempre que eu contava alguma história que tinha alguma coisa de humor, tinha mais gente ainda prestando atenção. Então eu saquei que a comédia era o meu lugar. Eu saquei que ali era um lugar onde eu poderia estar e que as pessoas iam prestar atenção em mim. Eu sempre contei história de um jeito mais rocambolesco. Eu nunca inventei nada, mas sempre aumentava quando sentia que dava para aumentar, dava mais ênfase em determinado assunto que eu achei que fosse chamar mais a atenção do público.
Eu sempre fui um contador de histórias, mas também adorava ouvir histórias. Eu adorava quando me contavam piada, por exemplo. Eu gostava de decorar as piadas também para poder contar depois. Eu sempre falei muito. Sempre gostei de falar, mas sempre gostei de ouvir os outros também.
GZH: muitas pessoas já passaram pelo seu programa com histórias incríveis. Quais figuras vocês ainda quer que participe do "Que História é Essa, Porchat?"?
Fábio Porchat: Faustão. Ele é um cara que eu queria muito que participasse. Leonardo também deve ter muita história pra contar. Fábio Júnior também. Inclusive tem coisa ali que eu quero saber, quero desmembrar. Serginho Groisman ainda não foi, mas vai. Ana Maria Braga. Tem muita gente.
O legal é isso, ainda tem muita gente para ir. A própria Maiara e Maraísa ainda não foram contar histórias e eu quero que participem. Então tem muita gente que eu vou tentando um pouquinho e uma hora eu vou conseguir (risos).
GZH: o que o pessoal pode esperar para o seu espetáculo aqui em Passo Fundo?
Fábio Porchat: é uma metralhadora de piada. Eu posso garantir para você. Eu estou com essa peça já há dois anos em cartaz. Já apresentei no Rio de Janeiro, São Paulo, Angola, Portugal, fiz também uma turnê pelo Brasil. Eu posso garantir que o público vai dar risada e que você pode levar quem você quiser. Leva a tua avó que as "veia" gostam, pode levar filho adolescente que eles dão risada também. É uma peça que não tem política, que não tem polêmica. É sobre histórias de viagem. É para todo mundo rir junto. É divertido.
Nós cronometramos e tem uma risada a cada dez segundos. Essa é a média desse espetáculo. Não dá para perder, é a primeira vez em Passo Fundo. Estou chegando minha gente! Alô Passo Fundo!
Serviço
- O que: espetáculo "Histórias do Porchat", com Fábio Porchat
- Onde: Centro de Eventos Gran Palazzo (Rua Antônio Marinho de Albuquerque, 1275 — bairro Valinhos)
- Horário: 21h
- Ingressos: a partir de R$ 69 neste link