Por Samanta Takimi, diretora-presidente da Corsan
Saneamento básico é uma das maiores engrenagens da dignidade humana. No entanto, a maioria das cidades brasileiras — inclusive no Rio Grande do Sul — nasceu sem qualquer planejamento para infraestrutura sanitária. Essa ausência histórica nos desafia a transformar realidades com obras estruturantes em ambientes já consolidados, muitas vezes em meio à rotina intensa de bairros e centros urbanos. Estamos corrigindo, com trabalho e responsabilidade, uma dívida com a saúde pública e com o futuro do nosso Estado.
Isso significa realizar um dos maiores investimentos em saneamento da história gaúcha. E isso exige agilidade, eficiência e sensibilidade. Sabemos que escavar ruas, abrir valas e instalar redes pode gerar incômodo temporário. Mas temos convicção de que esse é um pequeno transtorno em nome de um benefício permanente: mais saúde, mais desenvolvimento, mais cuidado com o meio ambiente e com o planeta que deixaremos para as próximas gerações.
O caminho até os avanços que buscamos pode ser desafiador, mas é necessário. Cada obra entregue, cada sistema ampliado, cada gota de água segura representa um avanço concreto na vida de milhares de pessoas.
Se há algo que aprendemos em 59 anos de história é que saneamento não se faz apenas com infraestrutura. Faz-se de pessoas para pessoas, com escuta ativa e consciência de que cada desafio enfrentado impacta a vida de milhões de gaúchos.
Temos consciência de que saneamento é um desafio contínuo
Passamos por momentos que testaram nossa resiliência. O clima tem sido implacável, e nossa responsabilidade nunca foi tão grande. Quando a água falta ou sua qualidade é questionada, não são números que estão em jogo, mas famílias, histórias e sonhos.
Garantir água tratada e segura não é apenas obrigação — é propósito. Investimos em controle de qualidade, monitoramento em tempo real e modernização de processos para levar, a cada torneira, não apenas água, mas tranquilidade. Temos consciência de que saneamento é um desafio contínuo, sem atalhos ou soluções instantâneas, e que só faz sentido quando muda a vida das pessoas para melhor.
Nosso olhar já está voltado para os próximos 60 anos. Cuidar da água é regar histórias.