A cada dia, desde que a paralisação dos transportadores de cargas foi levando ao colapso no fornecimento de bens e serviços, o Planalto vem cedendo às reivindicações e ampliando a lista de concessões numa tentativa de preservar o diálogo e permitir que o país possa retomar logo uma situação de normalidade. No acordo costurado ao longo do fim de semana, ficou evidente que a margem para negociações sem a imposição de um ônus elevado demais para o conjunto da sociedade chegou no limite – se é que não passou. Independentemente dos desdobramentos a serem registrados a partir de agora, é preciso que os responsáveis pelas articulações fiquem ainda mais atentos aos custos e aos artifícios necessários para bancá-los.
OPINIÃO DA RBS
No limite do suportável
De um e outro lado das negociações envolvendo representantes do Planalto e dos caminhoneiros, é preciso levar em conta que há um mundo ideal e um mundo possível