Sob o governo do presidente e médico oncologista Tabaré Vásquez, o Uruguai se assume como um narcoestado. Atitude tão vanguardista, quanto temerária. Seu secretário-geral da Junta Nacional de Drogas (JND), Milton Romani, experiente embaixador e defensor de liberdades individuais, é um entusiasta ambivalente da efetivação da venda de maconha em farmácias, ou mesmo em outros pontos de venda, caso haja resistência dos comerciantes. Setores do comércio farmacêutico temem o desprestígio de unidades destinadas a vender produtos que curam, ao abrirem-se para o comércio de maconha, droga de abuso. E Milton parece ambivalente porque declarou que a medida que defende com entusiasmo poderá ser um estrondoso fracasso.
Artigo
Carlos Salgado: Uruguai consuma-se como narcoestado
Psiquiatra, conselheiro do Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas do Ministério da Justiça