O resultado do referendo do Reino Unido quanto à saída ou não da União Europeia (EU) trouxe à tona tensões domésticas e continentais. Podemos afirmar que tal resultado, com estreita margem de 52% pelo Brexit derrotando 48% dos britânicos optando por permanecer, é uma conjunção de múltiplos fatores, mas que no âmbito político doméstico marca um perigoso fortalecimento à direita do Partido Conservador. Quando o primeiro-ministro demissionário, o conservador David Cameron, convoca o plebiscito, seu gabinete trabalha com a equivocada estimativa de vitória da permanência na EU, reforçando também suas condições de governabilidade. O resultado foi justo o oposto.
Outra Visão
Bruno Lima Rocha: a austeridade deu a vitória ao Brexit
Cientista político e professor de Relações Internacionais da Unisinos e da ESPM-Sul