A cinco dias da eleição, Donald Trump tem percorrido os Estados Unidos na tentativa de buscar votos em uma posição desconfortável dentro do Partido Republicano. Trump é vítima de si próprio. Ao negar a política tradicional, atacar os políticos e arrumar desavenças internas com republicanos, ele se vê isolado das estrelas do partido.
Na Flórida, por exemplo, Trump fez comício ontem para mais de 4 mil pessoas sem a presença do nome mais forte do partido no estado, justamente o presidente republicano neste estado, Marco Rubio, que também está em campanha pela reeleição ao Senado. O isolamento de Trump começou ainda nas prévias para escolher o candidato à presidência. Promoveu uma guerra interna ao fazer ataques pessoais aos demais concorrentes. Tentou desqualificar o colega de partido, o senador pelo Texas, Ted Cruz, dizendo que ele era um infeliz porque a esposa era feia demais.
Outros caciques, John McCain, Mitt Romney, o ex-presidente George W. Bush e outras dezenas de nomes que integraram o último governo republicanos abandonaram a campanha. Alguns, como o ex-secretário de Estado, Colin Powell, foram além e declaram apoio à rival, Hillary Clinton. A eleição ainda é uma incógnita. O certo é que, se Trump chegar lá, será sem apoio de estrelas republicanas.