
A assembleia do Cpers, nesta sexta-feira em Porto Alegre, começou com a votação de um tema polêmico: o recurso para reverter a suspensão dos direitos sindicais de integrantes da administração anterior por até seis anos. A votação contra a pena foi feita pelos participantes que colocaram o voto atrás do crachá. O resultado foi de 871 votos favoráveis à revogação da punição e 601 contrários.
Na quinta-feira (17) o Conselho do sindicato dos professores decidiu suspender os direitos por 62 votos a favor e 58 contra. Segundo o diretor do Departamento Jurídico do sindicato, Mauro Calliari, ao assumir o mandato, a nova direção contratou uma auditoria para verificar a situação financeira da entidade. Um processo de investigação foi aberto e foram verificados repasses para entidade que vão contra o estatuto.
A ex- presidente Rejane Oliveira, ao defender a sua administração, disse que atual diretoria quer acabar com a oposição. "O Cpers sempre se endividou para bancar e priorizar a luta da categoria", disse.
Ela ressaltou que as sanções são fruto de perseguição política. Representantes da diretoria anterior compararam a medida adotada pela atual gestão ao impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Com a votação, a punição foi suspensa. Ainda hoje, os professores e funcionários de escola vão decidir sobre paralisação no começo do próximo ano letivo.