
O juiz federal de Curitiba Marcos Josegrei da Silva divulgou, em entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira (21), mais informações e detalhes sobre a Operação Hashtag, da Polícia Federal, que prendeu temporariamente 10 pessoas suspeitas de promoção ao terrorismo.
As prisões temporárias têm duração de 30 dias para auxiliar na investigação do fato, que ainda não foi finalizada. De acordo com o magistrado, as prisões foram concedidas porque a análise das provas mostrava uma chance concreta e real dos crimes previstos na lei anti-terrorismo: promoção de organização terrorista e realização de atos preparatórios de terrorismo.
A pena para o primeiro crime é de cinco a oito anos de prisão, além do pagamento de multa. Para quem executa atos preparatórios, a pena varia de três a 15 anos de prisão.
Entre as provas estão mensagens trocadas entre os suspeitos exaltando ataques terroristas recentes, como em Nice, na França. Eles também compartilhavam vídeos de ações do Estado Islâmico, e a compra de uma arma AK-47 era negociada. De acordo com o juiz, mesmo que as mensagens não sejam verdadeiras, mostram uma "conduta reprovável" dos envolvidos.
Os presos possuem entre 20 e 40 anos e alguns são mais ativos e têm conhecimento maior sobre organizações terroristas. Nenhum tem descendência árabe, mas todos usavam nomes árabes para se comunicar internamente no grupo.
Prisão no RS
A Polícia Federal efetuou a prisão de um suspeito de ligações com terrorismo no Sul do Estado. Fontes de Morro Redondo afirmaram que o homem de 26 anos foi preso em Açoita Cavalo, área rural localizada próximo à BR-293.
Informações obtidas pela Gaúcha dão conta de que o preso foi levado de avião de Pelotas para Brasília.