O deputado gaúcho Beto Albuquerque (PSB), candidato a vice na chapa de Marina Silva, sugeriu nesta terça-feira (9) que haja algum interesse por trás da divulgação de trechos da delação premiada do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. No último fim de semana, a revista Veja publicou uma lista com nomes que teriam sido apresentados pelo ex-diretor à Polícia Federal, incluindo nomes de ministros, senadores, deputados e do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Os políticos estariam envolvidos no esquema de corrupção na estatal.
Na avaliação de Beto Albuquerque, a pressão do PSB para criação da CPI no Congresso para investigar as irregularidades na Petrobras pode ter gerado descontentamentos.
“O PSB deu condições para que a CPI fosse instalada. Talvez nosso desejo de investigar tenha incomodado algumas pessoas. O que temos agora é que mais do que uma delação premiada, me parece uma delação combinada”, afirmou em entrevista à Rádio Gaúcha.
O deputado também questionou a credibilidade das informações prestadas por Paulo Roberto Costa à Polícia Federal.
“Se fosse um homem de palavra, um homem acreditado, não estaria preso num rombo do e corrupção muito grande. Nós queremos ter acesso ao depoimento dele para conhecer os detalhes. Quem faz delação premiada também apresenta provas. Não é só falar nome desse, nome daquele”, afirmou.
Beto Albuquerque ainda comentou a polêmica envolvendo a propriedade do avião utilizado por Eduardo Campos, quando ocorreu a tragédia em Santos. Segundo o deputado, a responsabilidade sobre o avião, e eventuais ressarcimentos aos moradores da área onde houve a queda, deve ser atribuída à empresa proprietária da aeronave (AF Andrade) e aos empresários que estariam em processo de compra do avião.