
O governador Tarso Genro decretou luto oficial de três dias no Rio Grande do Sul devido à morte de Eduardo Campos (PSB), em acidente aéreo nesta quarta-feira (13).
Tarso Genro (PT), que é candidato à reeleição, estava em um evento de campanha em Charqueadas quando soube do acidente que deixou sete mortos, entre eles o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos.
Ao receber a notícia, Tarso se deslocou ao Palácio Piratini. O governador preferiu não se manifestar sobre as implicações políticas da morte de Eduardo Campos. "Não é apropriado nesse momento, em respeito à família", afirmou.
Tarso Genro foi ministro da Justiça, ao lado de Campos, no governo do ex-presidente Lula. À época, Campos comandou a pasta da Ciência e Tecnologia.
"Fui ministro com Eduardo Campos. É um grande brasileiro e é uma grande perda humana, para a política, para a democracia brasileira e para a família", disse Tarso, em breve manifestação no Palácio Piratini.
O prefeito de Porto Alegre, José Fortunati também anunciou nesta tarde, através de seu perfil no twitter, luto oficial na Capital gaúcha por três dias, em memória do ex-governador e candidato à presidência, Eduardo Campos.
Morte de Campos
O candidato à presidência da República Eduardo Campos, 49 anos, morreu em acidente aéreo na manhã desta quarta-feira (13), em Santos, no litoral de São Paulo. O jato particular onde o político estava caiu sobre uma área residencial e atingiu três casas. Outras seis pessoas morreram na tragédia.
De acordo com a Aeronáutica, a aeronave havia decolado do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino ao Aeroporto de Guarujá (SP). Quando se preparava para pouso, o avião arremeteu devido ao mau tempo. Em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu contato com o jato.
Nascido em Recife, em 10 de agosto de 1965, Eduardo Henrique Accioly Campos era economista. Em sua trajetória, foi secretário estadual, deputado federal, ministro da Ciência e Tecnologia e governador de Pernambuco por dois mandatos. Em abril deste ano, renunciou ao cargo para concorrer à Presidência, um ano após o seu partido, o PSB, romper com o governo Dilma.
Eduardo Campos era candidato pela coligação Unidos Pelo Brasil, que congregava seis partidos, tendo como vice a ex-senadora Marina Silva. Nas pesquisas, aparecia em terceiro lugar na disputa pelo Palácio do Planalto.
Campos era casado com a economista e auditora do Tribunal de Contas do Estado Renata Campos, com quem teve cinco filhos.