Pelo menos 36% dos remédios que o governo foi obrigado a fornecer por decisão judical permaneceram nas farmácias do Rio Grande do Sul em 2013. Isso significa que 328 mil medicamentos comprados com dinheiro público deixaram de ser retirados pelos pacientes, mesmo que eles tenham entrado na Justiça para isso.
Segundo a diretora da Assistência Farmacêutica do Estado, Simone Pacheco do Amaral, são dois os motivos: ou o paciente já morreu antes de conseguir o remédio ou a Justiça, ao mesmo tempo em que obriga o Estado a comprar o fármaco, a determina também o repasse de parte do valor ao beneficiado para garantir o início do tratamento. Como a secretaria não é avisada, adquire o produto e acaba ficando com excedente de estoque.
Reportagem de Zero Hora constatou que 60 toneladas de remédios vencidos foram descartados pelo Estado entre os anos de 2005 e 2013.