Atrasada há 4 anos, Corsan adia novamente conclusão da estação de esgoto em Alvorada

A conclusão da nova Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Alvorada, prevista para o mês passado, foi novamente adiada. É o terceiro prazo não cumprido pela Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) nos últimos 12 meses. Agora, os operários da obra trabalham com o mês de setembro como limite para a conclusão do projeto. A ETE começou a ser construída em julho de 2009 e a então governadora Yeda Crusius havia prometido entregá-la no ano seguinte, em 2010, o que não ocorreu.

Desde então, foram anunciados diversos prazos para a conclusão do empreendimento, mas nenhum deles foi cumprido. O superintendente do Gerenciamento de Expansão da Corsan, José Homero Finamor, diz que os atrasos se devem à necessidade de modificação no projeto original:

"Ela está concluída, ela tem condições de operar, mas a elevatória do esgoto bruto é que vai ficar pronta no final de setembro. Nós aditamos o prazo da obra porque ela teve alguns problemas técnicos, de projeto e adaptação de projeto, que levaram a um atraso significativo na obra", defende.

Atualmente, o projeto está 88% concluído e, quando pronto, irá atender todo o município de Alvorada e parte de Viamão, correspondendo a cerca de 450 mil pessoas. A obra, com custo de R$ 107,1 milhões, é financiada pelo Governo Federal por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-1).

No município de Encantado, no Vale do Taquari, uma outra estação de tratamento de esgoto, que começou a ser construída em 2009, também está atrasada. O projeto já trocou de empresa três vezes neste período e está parada por uma decisão judicial, como esclarece o gerente da Corsan de Encantado, Nédio João Giovanella:

“Um morador, vizinho lá, fez uma denúncia de que estaria rachando a casa dele por causa que foram feitas umas detonações lá. E o juiz trancou a obra, daí, e não conseguimos fazer nada. Está todo o material aí para fazer e está embargado pelo juiz”, ressalta.

A atual construtora responsável pela ETE de Encantado pediu a rescisão do contrato com a Corsan e o projeto, que não tem prazo para ser concluído, terá de ser novamente licitado.