O ano de 2013 foi marcado pela tragédia na boate Kiss, em Santa Maria. Na madrugada de 27 de janeiro eu fazia o plantão sozinho na redação da Rádio Gaúcha. Recebi uma primeira informação via e-mail às 4h10 do grupo de ronda policial da RBS, dando conta de que havia "feridos e possivelmente mortos" em um incêndio.
Foram vários minutos sem conseguir confirmar com a Brigada Militar e com o Corpo de Bombeiros, o que me causou estranheza. Ninguém atendia. Foram 23 minutos até receber uma informação da polícia de que seriam 30 mortos. Segui apurando e tentando contato com os colegas da rádio em Santa Maria. Às 4h55 recebi de um ouvinte um link com uma foto publicada no Facebook do que seriam mortos e feridos.
Naquele momento, decidi acordar a Milena Schoeller, chefe da reportagem, e relatar a situação. Recebi sinal verde para interromper a programação esportiva gravada que estava no ar. A caminho do estúdio, Ananda Muller, repórter em Santa Maria, ligou para informar que já estava a caminho da boate.
“Às 5h20 do dia 27 de janeiro de Rádio Gaúcha entrou ao vivo no ar para ser a primeira emissora a transmitir uma das maiores tragédias do País”
2013, a
Às 5h20 do dia 27 de janeiro de 2013, a Rádio Gaúcha entrou ao vivo no ar para ser a primeira emissora a transmitir uma das maiores tragédias do País. A primeira hora dividi com a Milena a ancoragem do programa especial. A cada relato que eu postava no Twitter da rádio no estúdio, eram dezenas de retweets (mensagens de resposta), sinalizando o impacto daquelas informações ainda no final da madrugada.
Saí da ancoragem, sendo substituído pelo colega Eduardo Matos. Segui auxiliando na produção, nos bastidores. Atendemos emissoras de todo o País e até do exterior sem acreditar nos números que dizíamos. Será impossível esquecer a contabilidade macabra que não acabava: 10, 30, 50, 100, 200 mortos.
Repórter faz primeiro relato sobre o incêndio na boate Kiss:
Confira outros fatos da retrospectiva: