O governador Tarso Genro afirmou nesta sexta-feira (27), em entrevista ao Gaúcha Atualidade, que o Estado só terá condições de investir nas obras do metrô de Porto Alegre se o governo federal garantir a renegociação da dívida com a União. Ao fazer um balanço do ano, o petista disse que a presidente Dilma Rousseff apoia a aprovação do projeto que permite a reestruturação do débito do Rio Grande do Sul com o governo.
O governador afirmou, também, que não mudará a política salarial para o magistério no próximo ano. E ressaltou que os professores recebem um complemento para não ficar com o salário abaixo do que determina a lei. De acordo com Tarso, os professores estaduais terão 50% de aumento real de salário em quatro anos.
O dirigente usou as dificuldades financeiras do governo para justificar a aprovação do projeto que transfere R$ 1,3 bilhão dos cofres da CEEE para o caixa do Estado. O governador vai vetar a emenda apresentada pelo PSDB, que determina o depósito da verba em uma conta do Banrisul específica para o pagamento de benefícios previdenciários dos servidores da companhia.
Na entrevista, Tarso defendeu o trabalho da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), que administra estradas antes controladas pela iniciativa privada. Disse que as reclamações sobre as condições das rodovias são antigas.
O governador confirmou que o objetivo do governo é reduzir significativamente o número de detentos ou até desativar o Presídio Central de Porto Alegre até o fim de 2014. Ele apontou o desenvolvimento econômico e o combate à desigualdade como marcas do governo. Tarso afirmou ainda que não vai tentar a reeleição se a presidente Dilma Rousseff apoiar mais de um candidato ao governo do Estado no Rio Grande do Sul.
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