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A CPI da Telefonia da Assembleia Legislativa ouviu, nesta segunda-feira (23), o diretor de Relações Institucionais da operadora Vivo, Enylson Camolesi. A empresa tem 6,4 milhões de clientes no Rio Grande do Sul. O representante da operadora, admitiu necessidade de melhorias no serviço, mas atribuiu problemas a restrições de implantações de antenas, impostas pela legislação de alguns municípios.
Segundo pesquisa encomendada pela Vivo, 85% da área de Porto Alegre, de alguma forma, possui impedimentos legais para implementação de antenas, como a proibição dos equipamentos em zonas residenciais, distância de escolas, creches e hospitais, entre outros. Ele citou como exemplo o bairro Moinhos de vento, onde há necessidade de colocação de cinco novas antenas para melhoria do serviço, mas que não foram instaladas por esbarrarem na lei.
O presidente da CPI, Deputado Ernani Pollo (PP), admite que a legislação de algumas cidades dificulta o investimento em infraestrutura, mas explica que mesmo em municípios onde não há nenhuma restrição, a qualidade do serviço não é adequada. "A legislação é um dos tantos outros problemas. Enquanto não se resolve isso, acaba se vendendo novas linhas e o usuário é prejudicado pela falta de infraestrutura", analisa.
Quanto aos investimentos previstos para melhoria do serviço, Camolesi garante que já foram protocolados nas prefeituras gaúchas os pedidos de instalação de 135 novas antenas. Outras 114 estão previstas para inicio de 2014. Sobre o atendimento aos clientes, item de maior reclamação nos Procons, o diretor destacou investimento de 27 milhões por ano em capacitação nos Call Centers.
O diretor afirmou, ainda, que seria necessário rediscutir o valor dos impostos pagos pelas empresas de telecomunicações, tributadas com ICMS de 25% ao lado de item de bebidas alcoólicas cosméticos perfumes e armas. "Essa é uma das barreiras a ser vencida, já que isso significaria uma redução no valor pago pelos usuários", explica.