Os médicos gaúchos decidiram não aderir à paralisação nacional da categoria programada para a próxima terça-feira. A assembleia geral foi realizada na Associação Médica do Rio Grande do Sul (Amrigs). Na semana passada, em plenária com mais de 800 profissionais e estudantes de medicina foi aprovado o indicativo de greve. Segundo o Presidente do CREMERS - Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul, Rogério Aguiar, os médicos gaúchos precisam de mais tempo pra organizar uma mobilização mais forte.
A categoria reivindica, em todo o País, mais investimentos do governo na saúde. A meta é o aumento dos atuais 4,4% da receita bruta da União aplicados na área para 10%. A categoria também faz críticas, ao programa Mais Médicos, que visa a contratação de profissionais do exterior e obriga os estudantes, a partir de 2015, a realizarem estágio remunerado na rede pública, aumentando a duração do curso de seis para oitos anos. Para o Presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul, (SIMERS), Paulo Argolo Mendes, o melhor no momento é permanecer em estado de assembleia permanente.
Os recentes vetos da presidente Dilma Rousseff ao projeto de lei do Ato Médico também estão na pauta de reclamações. Entre os trechos suprimidos, está o que atribuía exclusivamente aos médicos a formulação de diagnóstico de doenças. A crítica ao prefeito José Fortunati deve-se ao fato de ele ser o presidente da Frente Nacional de Prefeitos, órgão que, segundo a categoria apoia a contratação de médicos estrangeiros.
Na próxima terça-feira, a categoria terá uma nova plenária na AMRIGS para decidir se haverá paralisação entre os médicos gaúchos. Já os médicos credenciados ao IPE-Saúde realizam assembleia nesta quinta-feira, às 19h, na sede Conselho Regional de Medicina - CREMERS para avaliar e deliberar sobre a resposta do Instituto de Previdência do Estado do RS a notificação extrajudicial, oficiada em 22 de maio, no Dia de Alerta ao IPE-Saúde. A categoria também está em estado de assembleia permanente.